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terça-feira, 31 de março de 2009

"A verdade às vezes machuca, mas a falta de confiança nos faz sangrar"


Um jovem foi ter com o Velho Sábio de barba azul.
- Sábio, estou amando a Liz. Ela também disse que me ama...
Gostaria de um conselho seu para saber como eu devo me portar diante desse amor.
- Eu a vi ontem beijando um outro rapaz. – disse o velho.- Outro rapaz?! Como ela pôde? Como isso é possível? E ela ainda disse que me amava. Que mentirosa! - reclamou o jovem. – mas eu a amo e não vou desistir dela assim! Por favor, sábio, me ajude então a conquistar ela. Eu a amo! O que eu devo fazer?
- Vá para casa e esqueça ela. – respondeu o velho.
- Esquecer? Como assim? Eu a amo!– retrucou o jovem.
- Por que queres conquistar alguém que não amas? – perguntou o velho.
- Mas eu a amo!
- Como pode amar alguém cuja palavra você dá menos valor do que a de um velho de barba azul?
O jovem voltou dias depois para ter com o velho novamente sobre este mesmo assunto.
- Sábio, por favor, eu confio nela. Eu a amo. Mas preciso saber se ela realmente estava beijando outro rapaz ou não.
- Suma daqui!
Dias depois o jovem voltou para ter com o velho sábio de barba azul novamente sobre o mesmo assunto.
- Sábio, por que eu não posso saber a verdade?
- Ou você confia nela, ou não confia. A verdade em nada tem a ver .
- Então eu devo confiar nela, acreditar nela, mesmo se for verdade o que o senhor me disse? O amor deve ser realmente cego para ser amor?
- Quanta barbaridade pode falar... – retrucou o velho – O amor não é cego, pelo contrário, é luz, é iluminação, é ver o invisível .
- Então por que eu não posso saber se é verdade ou não que ela estava beijando outro rapaz? E se eu confiar nela e ela de fato beijou outro rapaz? Como eu posso ter a certeza, a confiança, sem saber o que aconteceu de fato?
- Esta vendo aquela xícara? – perguntou o velho apontando para uma velha xícara grande de barro, ao lado de um barril de vinho.
- Sim, estou.
- O que tem dentro dela?
- Vinho.
O velho pegou a xícara e jogou a água que estava dentro dela no rosto do jovem.
- Acorde! – gritou o velho – não percebes que não é possível ver o interior através do exterior? Ou tens a confiança dentro de ti, ou não a tens.
O jovem finalmente compreendeu...
*Desconheço a autoria*

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